Governo confirma salário mínimo de R$ 1.621 a partir de 2026


O governo federal oficializou o novo salário mínimo que passa a valer em 2026. O reajuste impacta milhões de brasileiros e também pressiona os gastos públicos.

O governo federal oficializou o novo valor do salário mínimo que entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2026. A medida foi publicada no Diário Oficial da União nesta quarta-feira (24) e define que o piso nacional passará a ser de R$ 1.621, representando um reajuste de R$ 103 em relação ao valor atual de R$ 1.518.
O aumento equivale a uma alta de 6,79%, percentual que resulta da política de valorização adotada pelo governo, que combina a inflação medida pelo INPC com o crescimento da economia registrado dois anos antes. Neste caso, o cálculo levou em conta o desempenho do Produto Interno Bruto de 2024, que teve crescimento de 3,4%.
Além de elevar a renda dos trabalhadores, o reajuste do salário mínimo tem impacto direto sobre uma série de benefícios sociais. Isso ocorre porque aposentadorias, pensões do INSS, seguro-desemprego, abono salarial e o BPC (Benefício de Prestação Continuada) são calculados com base no piso nacional.
Com o novo valor, o trabalhador que recebe salário mínimo passará a ganhar R$ 54,04 por dia, considerando a jornada padrão. Já o valor mínimo por hora trabalhada sobe para R$ 7,37.
Do lado das contas públicas, o aumento também gera pressão. Estimativas do próprio governo indicam que cada R$ 1 de reajuste no salário mínimo provoca um impacto de cerca de R$ 422 milhões nas despesas obrigatórias da União. Assim, o aumento de R$ 103 pode representar um acréscimo superior a R$ 43 bilhões nos gastos do governo em 2026.
O novo salário começará a ser pago aos trabalhadores nos contracheques de fevereiro, já que o reajuste vale para os salários referentes ao mês de janeiro. A medida reforça a política do governo de tentar recompor o poder de compra da população, especialmente dos brasileiros de menor renda, em meio aos desafios econômicos do país.

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