A taxa de aprovação do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a cair nos últimos dias e acendeu um novo sinal de alerta dentro da Casa Branca. De acordo com uma pesquisa recente divulgada pela Reuters/Ipsos, apenas 39% dos adultos americanos aprovam o desempenho do presidente, número inferior aos 41% registrados no início de dezembro.
O levantamento, realizado ao longo de três dias e concluído no domingo, mostra que a popularidade de Trump segue em trajetória de queda, especialmente quando o assunto é economia — área que foi central em sua campanha eleitoral e decisiva para sua vitória no ano passado.
Embora Trump tenha retornado ao poder em janeiro com 47% de aprovação, o índice vem diminuindo gradualmente desde então. A pesquisa indica que o desgaste é mais perceptível entre eleitores independentes e moderados, que demonstram frustração com o custo de vida e com os resultados econômicos práticos do governo.
Economia pesa contra o presidente
O ponto mais sensível revelado pela pesquisa está na avaliação da condução econômica. Apenas 33% dos entrevistados afirmaram aprovar a forma como Trump lida com a economia, o menor índice do presidente neste tema em todo o ano. O dado reforça a percepção de que as promessas feitas durante a campanha ainda não se converteram em alívio financeiro para a população.
Mesmo entre republicanos, tradicionalmente fiéis ao presidente, há sinais de desgaste. Embora 85% ainda aprovem o desempenho geral de Trump, a parcela que considera que ele está indo bem na economia caiu para 72%, o menor patamar registrado entre seus apoiadores em 2025.
Trump venceu a eleição presidencial prometendo “consertar a economia”, que havia enfrentado um período de inflação elevada durante o governo do democrata Joe Biden. No entanto, a inflação segue persistente, próxima de 3%, acima da meta de 2% considerada ideal por formuladores de políticas econômicas.
Tarifas, inflação e incertezas
Economistas ouvidos por institutos de pesquisa avaliam que decisões recentes do governo, como a adoção de tarifas de importação mais rígidas, podem ter contribuído para um ambiente de incerteza. Além disso, a paralisação temporária do governo federal — o chamado shutdown — interrompeu a coleta de dados econômicos e afetou a confiança do mercado.
Há também sinais de desaceleração no mercado de trabalho, com empresas reduzindo contratações, o que aumenta a pressão sobre a popularidade do presidente. Para parte do eleitorado, o impacto das políticas ainda não chegou ao bolso, fator decisivo em qualquer avaliação de governo nos Estados Unidos.
A pesquisa foi realizada de forma online, com 1.016 entrevistados em todo o país, e possui margem de erro de três pontos percentuais. Os números mostram que, embora Trump mantenha uma base sólida, o desafio agora é recuperar a confiança de eleitores que esperavam resultados econômicos mais rápidos.
Resumo
- Aprovação de Trump caiu de 41% para 39%, segundo pesquisa Reuters/Ipsos
- Apenas 33% aprovam sua gestão da economia, o menor índice do ano
- Economia e custo de vida são os principais fatores de desgaste
- Até entre republicanos há queda na avaliação econômica
- Inflação persistente e incertezas preocupam eleitores
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