Tarifas são zeradas e Eduardo Bolsonaro explode: “A verdade não é essa que estão contando”


A recente decisão do governo dos Estados Unidos de retirar a tarifa adicional que incidia sobre diversos produtos brasileiros gerou repercussão imediata no cenário político. A medida beneficia setores importantes da economia nacional, especialmente o agronegócio, que vinha sendo impactado pelo aumento nos custos para exportação.

Entre os produtos favorecidos estão itens como carnes, café, frutas, sucos e fertilizantes, que agora passam a entrar no mercado norte-americano sem a taxação extra que estava em vigor. A decisão é interpretada por analistas como uma estratégia comercial dos EUA diante do cenário inflacionário interno e das pressões econômicas enfrentadas pelo país.

No entanto, a medida também provocou reações políticas no Brasil. O deputado federal Eduardo Bolsonaro se manifestou publicamente afirmando que a retirada das tarifas não estaria relacionada à atuação diplomática do governo brasileiro, mas sim a fatores internos da economia norte-americana, especialmente ao impacto da inflação sobre o consumidor dos Estados Unidos.

De forma crítica, o parlamentar afirmou que a narrativa de vitória diplomática não corresponde, segundo sua visão, à realidade dos fatos, destacando que a decisão dos EUA estaria mais ligada a interesses próprios do que a negociações diretas com o Brasil.

O episódio reacende o debate sobre a política externa brasileira, a credibilidade institucional do país no cenário internacional e o peso real das relações diplomáticas em decisões comerciais de grande impacto.

Especialistas avaliam que, embora a retirada das tarifas represente um avanço para exportadores brasileiros, o cenário ainda exige cautela, já que nem todos os setores foram contemplados e futuras revisões podem ocorrer a qualquer momento, dependendo do contexto econômico global.

Opinião

Independentemente de posições políticas ou lados ideológicos, é inegável que a retirada das tarifas foi positiva para o Brasil. O produtor ganha fôlego, o exportador respira e a economia tem a oportunidade de se fortalecer. Nesse ponto, o saldo é favorável ao país.

No entanto, é preciso ser realista. Concordamos com a leitura feita por Eduardo Bolsonaro: essa decisão dos Estados Unidos não foi um gesto de generosidade com o Brasil, mas uma estratégia clara voltada para o próprio povo norte-americano. Donald Trump é, acima de tudo, um jogador político. Age com foco em seu eleitor e em proteger sua economia, mesmo que isso beneficie outras nações de forma indireta.

Ou seja, o Brasil foi beneficiado? Sim. Foi uma vitória econômica? Sim. Mas foi, antes de tudo, uma jogada pensada para aliviar o bolso do consumidor americano e controlar a pressão interna nos Estados Unidos. Política internacional é xadrez — e Trump sabe exatamente como mover suas peças.

O importante agora é que o Brasil saiba aproveitar essa oportunidade com inteligência, menos discurso e mais planejamento estratégico.

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