EUA querem manter boa relação com o Brasil, diz Mauro Vieira


O chanceler Mauro Vieira declarou nesta quinta-feira (13) que os Estados Unidos querem manter uma boa relação com o Brasil em meio às negociações sobre as tarifas de 40% aplicadas contra produtos brasileiros desde agosto.
Segundo ele, o governo brasileiro aguarda uma resposta da Casa Branca, que pode chegar “amanhã ou na próxima semana”, e essa decisão será determinante para os próximos passos das conversas entre os dois países.

A fala de Vieira veio após uma reunião em Washington com o secretário de Estado americano, Marco Rubio. Os dois tiveram um encontro reservado, de cerca de dez minutos, seguido por uma reunião ampliada, de uma hora, com a presença de negociadores dos dois lados. De acordo com o chanceler, o governo americano demonstrou disposição em resolver rapidamente as pendências bilaterais.

Sem revelar detalhes, Vieira afirmou que o Brasil propôs pausar imediatamente as tarifas impostas por Washington, como forma de criar um ambiente mais favorável para avançar nas discussões.
A estratégia é clara: suspender o impacto econômico enquanto ambos negociam uma solução definitiva.

Vieira também destacou que os Estados Unidos mostraram interesse em um acordo rápido, sinalizando que a relação bilateral continua sendo vista como estratégica para Washington — especialmente num cenário de disputas comerciais globais e reaproximações políticas.

Aqui entra o ponto que muita gente não fala, mas eu falo: Trump tem interesses. Trump é jogador.
Ele não se move por “boa relação”, por amizade ou simpatia. Ele se move por vantagem.

Se Trump está disposto a conversar com o Brasil, não é porque ele acordou num dia generoso. É porque ele sabe que o Brasil tem peso econômico e político — e pode ser útil em alguma estratégia maior, principalmente nas agendas dele com China, energia, commodities e geopolítica regional.

Trump joga xadrez. Ele faz movimentos milimetricamente calculados.
E goste ou não, essa é a minha opinião.

A relação Brasil–EUA passa por um momento decisivo:

Retirada das tarifas pode aliviar setores brasileiros afetados.

Trump busca fortalecer sua imagem internacional e mostrar força econômica.

O Brasil tenta evitar prejuízos e caprichar na diplomacia para arrancar concessões.

O Itamaraty espera que a Casa Branca revele qual será a postura definitiva.


O tabuleiro está montado.
E nessa partida, uma coisa é certa: Trump joga para ganhar.

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