O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo incomum por paz ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em meio à crescente tensão militar no Caribe. A declaração foi dada durante um comício pró-governo em Caracas, quando o líder venezuelano foi questionado pela CNN sobre a possibilidade de um ataque norte-americano.
Maduro afirmou que não está preocupado com operações militares dos EUA e garantiu que segue “ocupado com o povo, governando com paz”. Ao ser perguntado se tinha um recado para Trump, respondeu: “Minha mensagem é: Yes, peace! Yes, peace!” (“Sim, paz!”).
Desde meados de agosto, Estados Unidos e Venezuela vivem uma escalada militar na região, após a Casa Branca autorizar uma mobilização sem precedentes no Caribe desde a invasão de Granada, em 1989. O destacamento norte-americano inclui porta-aviões, navios de guerra, caças e fuzileiros navais.
Washington alega que a operação tem objetivo de combate ao narcotráfico e acusa o governo venezuelano de ligação com o Cartel de Los Soles — acusação negada por Caracas, que vê a movimentação como tentativa de “mudança de regime”.
Durante o evento, Maduro reforçou sua defesa pelo diálogo:
“Chega de guerras intermináveis, chega de guerras injustas, chega de Líbia, chega de Afeganistão. Viva a paz!”
O governo venezuelano diz estar preparado para qualquer cenário, mas insiste que busca evitar um confronto direto no continente.
Maduro pede paz, mas quem impõe respeito no Caribe continua sendo Donald Trump
Quando Nicolás Maduro sobe num palanque pedindo “paz” a Donald Trump, fica claro que não é força moral que move o líder venezuelano — é medo. Donald Trump, goste-se ou não do seu estilo, é hoje uma das poucas figuras no cenário internacional capaz de impor respeito numa região cheia de interesses nebulosos.
O Caribe está longe de ser um lugar pacífico, e não é de hoje. Mas basta os Estados Unidos moverem um porta-aviões, alguns navios de guerra e um punhado de fuzileiros para Maduro mudar o tom.
E muda mesmo: o homem que passa anos atacando Washington vira, de repente, o defensor do “Yes, peace!”.
A verdade é simples: Trump não precisa ameaçar. Sua presença já é suficiente para reposicionar o tabuleiro geopolítico. A Venezuela sabe disso. Os aliados da Venezuela sabem disso. E, no fundo, Maduro também sabe — tanto que tenta transformar um pedido desesperado em discurso de paz.
Os EUA, sob Trump, tratam o Caribe com seriedade estratégica. Chamam de combate ao narcotráfico; Caracas chama de interferência. Mas a grande questão é: por que a Venezuela teme tanto a fiscalização norte-americana?
Se nada deve, por que se incomodar?
Enquanto Maduro tenta encenar que é vítima e pacifista, a população venezuelana continua sofrendo com a falta de comida, liberdade e perspectivas.
E Trump, com seu estilo direto e pragmático, lembra ao mundo que poder não se pede — se exerce.
Maduro tenta posar de pacificador.
Trump, querendo ou não, é quem dita o ritmo das decisões no hemisfério.
Se há alguém capaz de evitar que o Caribe escale para algo pior, esse alguém não é Maduro pedindo “paz” para câmeras.
É um líder que fala pouco, age muito e deixa claro que sabe o peso da bandeira que carrega.
Porque discursos emocionados podem impressionar a plateia interna.
Mas na geopolítica real, quem garante paz é quem tem força para impôr limites.
Goste ou não, essa é minha opinião.
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