O deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) afirmou que deixou o Brasil e se estabeleceu nos Estados Unidos para evitar ser preso, alegando que estaria sofrendo perseguição política por parte do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
Em entrevista ao jornalista Allan dos Santos, que também vive fora do país, Ramagem declarou que não poderia permanecer no Brasil diante do que classificou como uma “ditadura” e disse que sua saída foi uma forma de proteger suas filhas de presenciar uma eventual prisão. Segundo ele, a decisão foi tomada para evitar que sua família fosse exposta a situações que considera injustas.
O parlamentar revelou estar morando atualmente em Orlando, na Flórida, e afirmou que a ordem de prisão preventiva contra ele foi expedida por determinação de Moraes. Ramagem também sustentou que o processo relacionado à chamada “trama golpista”, no qual foi condenado a 16 anos e um mês por parte das acusações, deveria ser anulado.
Ele ainda acusou o ministro do STF de violar direitos humanos e reforçou que não mantém contato com o ex-presidente Jair Bolsonaro “há muito tempo”. Mesmo assim, afirmou que permanecerá nos Estados Unidos para, segundo suas palavras, “ajudar os exilados que estão aqui”, em referência indireta ao deputado Eduardo Bolsonaro.
De acordo com informações apuradas pela Polícia Federal, Ramagem não está no Brasil desde setembro e teria passado por Boa Vista (RR) antes de seguir para os EUA. As autoridades investigam se ele deixou o país pela Venezuela ou pela Guiana Francesa.
O deputado possui passaporte diplomático válido até 2027. Até o momento, o STF não esclareceu se a medida cautelar que o proibia de sair do país foi revogada oficialmente.
Em um dos trechos mais polêmicos da entrevista, Ramagem afirmou:
“É lógico que eu não ia ficar no Brasil, com minhas filhas me vendo ser preso sem ter cometido crime algum e sendo submetido a uma ditadura.”
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