O ministro Luiz Fux divergiu do relator Alexandre de Moraes e votou contra a competência do Supremo Tribunal Federal (STF) para julgar o ex-presidente Jair Bolsonaro no processo da chamada trama golpista. A decisão foi acompanhada de perto pelo governo dos Estados Unidos.
Segundo Fux, após a Procuradoria-Geral da República (PGR) apontar crimes de Bolsonaro, a Suprema Corte teria alterado seu entendimento para assumir o julgamento, o que, em sua avaliação, pode gerar nulidade futura da ação penal.
Nos bastidores, cresce a pressão internacional. A esposa de Alexandre de Moraes, Viviane Barci, deve ser incluída em uma lista de sanções da Office of Foreign Assets Control (Ofac), órgão ligado ao Tesouro norte-americano. Outros ministros e autoridades brasileiras também estariam sob análise dos EUA.
Apesar do posicionamento de Fux, a tendência é que ele permaneça isolado, já que Moraes e Flávio Dino já votaram pela condenação de Bolsonaro. Os ministros Cristiano Zanin e Cármen Lúcia ainda irão se manifestar.
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