Em passagem por Sumé, após visitar Princesa Isabel, o ex-ministro Marcelo Queiroga voltou a falar sobre o cenário político de 2026. Em vídeo divulgado nas redes sociais, ele comentou as especulações de que o senador Efraim Filho (União Brasil) estaria articulando apoio ao prefeito de Patos, Nabor Wanderley (Republicanos), como opção para o segundo voto ao Senado.
Queiroga afirmou que qualquer aproximação dependeria de o Republicanos “assumir posição de oposição ao governo Lula” e da aprovação de uma anistia ampla e irrestrita para permitir a reabilitação política do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Nos bastidores, porém, a leitura é de que o discurso tem mais cálculo do que convicção. Ao reforçar que o PL não pode se aliar a partidos ligados ao Planalto, Queiroga parece preservar espaço para — se o cenário mudar — justificar futuras alianças sem romper com o discurso bolsonarista.
O tom é típico de pré-campanha: fala-se em “pureza ideológica”, mas os movimentos são de sobrevivência política. O bolsonarismo paraibano ainda não encontrou uma narrativa capaz de unir coerência, estratégia e competitividade eleitoral — e segue dividido entre o pragmatismo e o discurso de fidelidade.
Enquanto isso, nomes como o do Major Fábio (Novo), que mantém postura mais alinhada ao eleitor conservador, continuam fora do radar principal. O resultado é um campo político fragmentado, onde cada passo parece mais voltado à construção de conveniências do que à formação de um projeto real para a Paraíba.
Nota: Este texto reflete análise e interpretação do cenário político atual, sem juízo de valor sobre as intenções ou condutas dos envolvidos.
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