O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou nesta quarta-feira (27) que existe o risco de o Congresso Nacional aprovar a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil, sem prever medidas de compensação que ampliem a cobrança sobre os mais ricos.
Segundo o ministro, a medida, se aprovada isoladamente, poderia prejudicar o equilíbrio fiscal e afetar a manutenção de serviços públicos.
— “Quem recebe R$ 2 milhões por ano não pode ser equiparado a quem ganha R$ 4 mil. Se não houver justiça tributária, o peso acaba recaindo sobre quem mais precisa dos serviços do Estado”, argumentou Rui Costa.
Ele destacou ainda que a isenção beneficiaria milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade, permitindo maior acesso a itens básicos de consumo.
— “Ir à feira, comprar comida, remédio, roupa para os filhos, ter acesso a lazer… isso é o que garante uma vida digna”, acrescentou.
Rui Costa lembrou que o governo é favorável à ampliação da faixa de isenção, mas ressaltou que a mudança precisa vir acompanhada de taxação sobre rendas mais altas, para evitar prejuízos à população em geral.
A expectativa é que o novo modelo entre em vigor em janeiro de 2026. Para o ministro, o grande desafio será construir consenso no Congresso e evitar que, em nome de disputas políticas, prevaleça uma estratégia que possa desestabilizar as contas públicas.
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