O Senado Federal aprovou por unanimidade, nesta quarta-feira (5), o Projeto de Lei nº 1.087/2025, que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda (IR) para trabalhadores que ganham até R$ 5 mil por mês. A proposta, de autoria do Ministério da Fazenda, segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deverá começar a valer a partir de 2026.
A mudança é considerada uma das principais promessas de campanha do atual governo e deve beneficiar cerca de 25 milhões de brasileiros, segundo estimativas oficiais. Atualmente, a faixa de isenção do IR é de R$ 2.824 mensais.
O projeto foi relatado no Senado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), que apresentou parecer favorável e conduziu a votação em regime de urgência, acelerando a tramitação. A aprovação foi simbólica e sem votos contrários, o que reforça o consenso político em torno da medida.
Como forma de compensar a perda de arrecadação, o texto cria uma alíquota de 10% sobre os chamados “super-ricos”, atingindo pessoas físicas com rendimentos anuais acima de R$ 600 mil. A ideia é equilibrar as contas públicas sem prejudicar o orçamento do governo.
Na Câmara dos Deputados, o projeto já havia sido aprovado sob a relatoria do ex-presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), após intensas negociações políticas. No Senado, a relatoria ficou com Renan Calheiros, antigo adversário de Lira em Alagoas, o que deu novo peso político à votação.
Com a sanção presidencial, o governo pretende implementar a nova faixa de isenção já no início de 2026, garantindo mais fôlego financeiro para milhões de trabalhadores e aposentados.
A medida é vista como um gesto de alívio para a classe média e também como uma promessa cumprida do presidente Lula, que vinha defendendo desde o início do mandato que “quem ganha pouco não deve pagar imposto de renda”.
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