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“Grande encenação”: Tarcísio critica PEC da Segurança e diz que governo quer “mostrar serviço”


O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), voltou a criticar o governo federal ao comentar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, encaminhada ao Congresso pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Durante participação no Flow Podcast, na noite desta quinta-feira (6), Tarcísio afirmou que a PEC é uma “grande encenação”, sem efeitos práticos para melhorar a segurança pública no país. Segundo ele, a proposta apenas repete medidas que já existem na legislação e tenta “criar a sensação de que algo está sendo feito”.

“O texto coloca muitas coisas que já existem. O problema não é falta de lei, é falta de liderança. Estão querendo fazer uma PEC só para mostrar serviço”, criticou o governador.

A PEC da Segurança foi apresentada pelo governo com o argumento de integrar melhor as forças de segurança e criar um comando nacional unificado para tratar de políticas públicas na área. O tema ganhou destaque após a megaoperação no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos no mês de outubro, reacendendo o debate sobre o papel dos estados e da União no combate ao crime organizado.

Tarcísio participou do programa ao lado de Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo, que também criticou a proposta. Para Derrite, o texto aprovado pelo relator na Câmara “não resolve nada” e “repete o que já está previsto em lei”.

O governador paulista ainda afirmou que o governo federal tem dificuldade de lidar com o tema da segurança pública e que tenta usar a PEC como uma forma de preencher o que chamou de “falta de agenda”.

“A PEC é uma tentativa de dar aparência de ação, mas não traz soluções concretas. É uma resposta política a um problema que é de gestão e comando”, declarou Tarcísio.

A proposta ainda será discutida no Congresso e divide opiniões entre governistas e oposição. Enquanto aliados do Planalto defendem que a medida pode fortalecer a cooperação entre os estados, críticos como Tarcísio apontam que a integração entre as forças já é possível sem alterar a Constituição.

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