A mais recente pesquisa da Quaest Consultoria revelou um dado que reforça o peso político da segurança pública no cenário nacional: a megaoperação policial no Rio de Janeiro é amplamente aprovada pela população, com exceção de eleitores ligados à esquerda. O estudo mostra que o governador Cláudio Castro (PL) ganhou 10 pontos percentuais de aprovação depois da operação, que mobilizou forças estaduais e federais em diversas comunidades do estado.
De acordo com o diretor da Quaest, Felipe Nunes, o levantamento mostra como o tema da segurança divide o eleitorado por ideologia, mas também evidencia o fortalecimento do discurso de “ordem e combate ao crime” entre os eleitores de centro e direita.
“A operação teve um impacto direto na percepção de liderança e firmeza do governador Cláudio Castro. Esse tipo de ação costuma reforçar a imagem de autoridade, especialmente entre os eleitores que associam segurança à presença do Estado”, explicou Nunes.
A pesquisa indica que oito em cada dez moradores de favelas apoiam ações mais duras contra o crime organizado, mesmo diante das críticas sobre o número de mortos e a atuação das forças de segurança. Já entre os eleitores de esquerda, há rejeição majoritária à operação, motivada principalmente pelas denúncias de excessos policiais e risco à população civil.
Enquanto setores da oposição criticam o que chamam de “violência de Estado”, aliados do governador destacam o resultado da ação e o fortalecimento de sua imagem junto ao eleitorado conservador. “De vítimas, só tivemos os policiais”, chegou a afirmar Castro em entrevista coletiva, defendendo o trabalho das forças de segurança.
Para analistas políticos, o aumento na aprovação do governador pode ter reflexos diretos nas eleições municipais e estaduais futuras, já que a segurança pública segue como uma das principais prioridades do eleitor brasileiro. A operação, embora polêmica, reacende o debate sobre os limites da força policial e o equilíbrio entre combate ao crime e proteção da vida.
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