O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta segunda-feira (27) a suspensão dos acordos de cooperação energética com Trinidad e Tobago, alegando que a decisão é uma resposta a supostas ameaças militares articuladas pelos Estados Unidos e à adesão do país caribenho a planos de agressão contra a Venezuela.
Durante a 95ª edição do programa Con Maduro +, o líder venezuelano afirmou que a decisão foi tomada após recomendação da estatal PDVSA e do Ministério de Hidrocarbonetos, ressaltando que o acordo vinha sendo mantido como um gesto de “fraternidade bolivariana”.
“Diante da ameaça de que Trinidad e Tobago se torne um porta-aviões do império dos EUA contra a Venezuela e a América do Sul, não há outra alternativa”, declarou Maduro.
O governo venezuelano também afirmou ter interceptado mensagens supostamente enviadas pela CIA, nas quais estariam sendo planejadas ações terroristas contra instalações da PDVSA e em território venezuelano.
Segundo o chanceler Yván Gil, o plano envolveria um ataque ao contratorpedeiro USS Gravely, da Marinha dos EUA, atracado em portos trinitários — o que seria usado como justificativa para uma intervenção militar contra Caracas. Gil afirmou ainda que o governo de Trinidad e Tobago foi previamente avisado sobre a suposta operação.